segunda-feira, 7 de outubro de 2013

algumas referências

algumas referências para fotografia em estudio.
http://www.studiolightingessentials.com/2011/10/digital-download-is-here/
http://www.youtube.com/watch?v=IdcdWkc7xEI&list=TL_T2x3JrEMTQcOpoa74FKkcIEatYi5F9Z
Livros:

The Portrait Photographer's Lighting Style Guide: Recipes for Lighting and Composing Professional Portraits

Photographing People: Portraits, Fashion, Glamour

 

terça-feira, 4 de março de 2008

Revistas no Espelho


É no mínimo engraçado quando duas revistas de posições ideológicas antagônicas estampam em sua capa, simultaneamente nas bancas, a mesma foto. Carta Capital e Veja falam discursos bem diferentes sobre o legado da aposentadoria de Fidel Castro e usam a mesma imagem. "Cuba sem Fidel", ponto positivo para a revista Carta Capital (sempre tão opinativa também), apresenta um tom de constatação do fato apenas, a opinião está dentro e pode ser prevista por quem conhece o histórico da revista, quem compra imagina o que deve encontrar lá dentro. "Já Vai Tarde", diz a revista Veja, que malcriação, – parece criança birrenta. Seria mais engraçado se não fosse tão ridículo um veículo de comunicação demonstrar um ódio tão desmedido em tempos de tanta vaselina do politicamente correto. Difícil mesmo é tentar continuar com o discurso de que se faz jornalismo isento depois de mais essa demonstração clara de opinião política acima dos fatos (isenção é coisa para estudante sonhar e para criar confusão em debate de Curso Abril), dá para ver o canto da boca do editor salivando de crueldade e prazer de ter a chance de tripudiar do velho Fidel (que coisa, chutar assim um sujeito idoso, quiçá senil).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Pinhole Day se aproxima

O Dia Mundial da Pinhole está próximo, comemorado em todo o mundo no último domingo de abril. No Brasil, alguns eventos já estão cadastrados no site:

Em Manaus, oficina preparatória A Escrita da Luz acontece no sábado, com Alexandre Fonseca.

Em Curitiba, um curso pago no Paralelo: centro de artes visuais, com Luciano de Sampaio.

Em São Paulo, Paula Berach convida a Todos para um evento aberto, um encontro de fotógrafos e simpatizantes no vão do MASP, às três da tarde.

Em Belo Horizonte, um evento está sendo organizado pelo Núcleo Imagem Latente.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Uma nota para Flusser


Encontrei no Google esta nota introdutória (creio que da edição americana) do livro Filosofia da Caixa Preta de Vilém Flusser. Curiosamente, não existe esta nota na edição brasileira.
Participei de um acalorado debate entre mestrandos da Esdi durante um seminário sobre este livro e Flusser foi muito criticado por lançar idéias sem embasá-las propriamente, dentre outros problemas acadêmicos, tais como não propor bibliografia alguma de referência para situar melhor o universo de suas proposições (algumas são claramente derivadas de Karl Marx, mas poderemos afirmar?). Uma de suas idéias que mais me encanta propõe que "textos nasceram de imagens rasgadas". Flusser simplesmente assume que foi assim, enquanto sabemos que o que há são diversas teorias sobre o desenvolvimento dos textos (as escritas orientas, por exemplo, nunca romperam sua relação com a imagem). Eu deduzo que Flusser trata dos hieroglifos egípcios ou similares, onde a escrita claramente derivou de uma ilustração sem ordem de leitura linear anterior (e foi "rasgada" e linearizada). Idéia muito interessante, mas sem maiores embasamentos. E o livro é todo muito assim. Assume coisas demais e deixa pouco espaço para possibilidades diferentes do que ele propõe. No fim do livro ele começa a abrir algum espaço de esperança para a fotografia, como se o fotógrafo pensante fosse uma invenção recente contra a robotização dos apertadores de botão (os funcionários). Acho que a nota introdutória foi colocada para tentar acalmar e prevenir os ânimos acadêmicos mais exaltados frente a uma proposta tão abrangente quanto se desenvolver uma filosofia da fotografia.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Vendedor de Passados para fotógrafos


Uma das possibilidades da fotografia é nos vender passados. Quantas vezes nossa memória não se molda a uma foto, por exemplo, da infância? As outras formas de lembrança, entre cheiros, gostos, texturas e sons, são oprimidos, frequentemente, pela cruel exatidão da imagem fotográfica. Esta mesma fotografia propicia que estes renegados, entretanto, encontrem meios de retornar à consciência com uma intensidade amplificada, quem sabe, pela própria artificialidade da fotografia, frente às incapturáveis imagens mentais de uma recordação.
Eu tinha um brinquedo onde uma moto ficava presa a uma rampa azul com um pino ligado a uma bomba de ar manual, no formato de um detonador de dinamite – como nos bons desenhos animados. Era preciso ficar de joelhos sobre o suporte da rampa enquanto bombeava diversas vezes o ar com pressão para dentro do tanque da moto que, ao ser liberada do pino, descia e corria em alta velocidade, bambeando por entre os pés de mesa e cadeiras da sala até bater em algum ponto do rodapé deixando um pequeno vestígio do acidente. Um brinquedo que havia me esquecido totalmente. Acaso fosse um dos clássicos como Pula-Pirata, Pega-Varetas ou Cai-Não-Cai talvez minha memória tivesse permanecido viva, com sua ampla complexidade sinestésica, renovada a cada visita a loja de briquedos.
Mas não. Foi ao ver, décadas depois, uma pequena foto daquele aniversário em que ganhei o tal brinquedo que emergiu, compacta, a lembrança da textura de plático sob os joelhos, da força em reação que a bomba fazia e de como me concentrei naquela tarefa de fazer a moto ir longe, driblando os desafios do caminho.
Em O Vendedor de Passados, o escritor angolano José Eduardo Agualusa elege, e isto me intriga, fotógrafos como principais clientes deste vendedor inusitado, que busca vender-lhes lembranças de novos passados que lhes pareçam mais adequadas ou convenientes.
A nós, leitores de fotos e de livros, que tantas crenças sobre nosso próprio passado sustentamos com pequenos pedaços de papel impregnados de gelatinas coloridas, cabe, também, ao ler a história de Agualusa, acreditar, e por que não?, no que nos conta uma atenta lagartixa grudada na parede.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Na Camera Escura

Hoje pretendo reiniciar este blog com textos um pouco mais bem cuidados, tomando um pouquinho de fôlego para escrevê-los. Como um cabeçalho às avessas, afinal o que inicia um blog fica cada vez mais pro final, faço uma citação de Paul Virilio, enquanto como biscoitos de polvilho: "O espaço do olhar não é um espaço newtoniano, um espaço absoluto, mas um espaço minskovskiano, um espaço relativo. Não há nada mais do que a obscura claridade das estrelas a vir de um passado distante da noite dos tempos, a fraca claridade, que nos permite apreender o real, ver, compreender nosso ambiente atual, vem ela própria de uma distante memória visual sem a qual não existe o ato de olhar." (VIRILIO, A Maquina de Visão, p.89)
Neste blog, desafio-me a concentrar o pensamento em torno de questões da imagem, da percepção, do olhar e da fotografia.